HISTÓRIA: Como surgiu a Língua de Sinais


Na antiguidade 3.000 A.C até 476 D.C



No Egito, os Surdos eram adorados como deuses; os Chineses lançavam os surdos ao mar; os gauleses sacrificavam-nos aos deuses Tutastes; em Esparta eram lançados do alto dos rochedos; na Grécia os Surdos eram encarados como seres incompetentes (castigados ou enfeitiçados) e por isso os eliminavam; na Palestina surgem as primeiras referências aos surdos em LEI HEBRAICA (Talmud).


Antiguidade




Os Romanos, influenciados pelo povo grego, tinham ideias semelhantes acerca dos Surdos, vendo-o como ser imperfeito, sem direito a pertencer à sociedade. Era comum lançarem as crianças surdas (especialmente as pobres) ao rio Tibre, para serem cuidados pelas Ninfas;

O imperador Justiniano, em 529 A.C., criou uma lei que impossibilitava os Surdos de celebrar contratos, elaborar testamentos e até de possuir propriedades ou reclamar heranças (com exceção dos Surdos que falavam).



Idade Média 
Século V até XV(1453)

A igreja condena o surdo, fornecendo a idéia de atribuir a causas sobrenaturais as "anormalidades" que apresentavam as pessoas.
Os cristãos criam idéias de que os Surdos, diferentemente dos ouvintes, não possuíam uma alma imortal, uma vez que eram incapazes de proferir os sacramentos.
No início do Id. Média não havia notícias de experiências educacionais com as crianças surdas.
Europa: Os surdos eram sujeitos estranhos e também proibidos de comungar, porque eram incapazes. Os monges beneditinos, na Itália, empregavam uma forma de sinais para comunicar entre eles, a fim de não violar os rígidos votos de silêncio. (530 D.C.);
Fim da idade Média começa um caminho para educação do surdo. (570 D.C.);


  • 1913 – Em 24 de Maio, é fundada por João Brasil Silvado Jr. a Associação Brasileira dos Surdos-mudos (ABSM), cuja cultura obteve um grande desenvolvimento.
  • 1911 - O Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) passou a seguir a tendência mundial, utilizando o oralismo puro. 
  • 1930 a1947 – Dr. Armando Paiva Lacerda ex-diretor do INES. Exige que os alunos não usem a Língua de Sinais: podendo apenas utilizar o alfabeto manual e um bloco de papel com lápis no bolso para escrever as palavras que quisessem falar.
  • 1950 – Os surdos não conseguem adaptar-se a essa imposição do oralismo e continuam a usar a Língua de Sinais e o alfabeto manual. Os professores e inspetores burlam as ordens na comunicação com os alunos surdos.
  • 1957 - Proibida totalmente a utilização da língua de sinais no INES.
  • Na década de 1950 – O poder do método oralista francês cresce em todo o Brasil sob a responsabilidade da Profª. Alpia Couto, que, dentro do Centro Nacional de Educação Especial, realiza projetos na área de DEFICIÊNCIA AUDITIVA. O desconhecimento e a falta de convivência com os surdos provocam prejuízos na cultura da comunidade surda, o empobrecimento da Língua de Sinais e a falta de acesso às informações sociais. As questões da Educação Especial se tornam apenas vinculadas a interesses político-econômicos.
  • 1975 - Chega ao Brasil a Comunicação Total.
  • 1977 - Criado no Rio de Janeiro a Federação Nacional de Educação e Integração dos Deficientes Auditivos, FENEIDA, com diretoria de ouvintes.
  • 1980 - Chega ao Brasil o Bilingüismo, porém de fato em 1990. 
  • 1981 - Início das pesquisas sistematizadas sobre a Língua de Sinais no Brasil.
  • 1982 - Lucinda Ferreira Brito inicia seus importantes estudos lingüísticos sobre a Língua de Sinais dos índios Urubu-Kaapor da floresta amazônica brasileira, após um mês de convivência com os mesmos, documentando em filme sua experiência.
  • 1983 - Criação no Brasil da Comissão de Luta pelos Direitos dos Surdos.
  • 1986 - O Centro SUVAG (PE) faz sua opção metodológica pelo Bilingüismo, tornando-se o primeiro lugar no Brasil em que efetivamente esta orientação passou a ser praticada.
  • 1987 - Criação da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS), EM 16/05/87, sob a direção de surdos.
  • 1991 - A LIBRAS é reconhecida oficialmente pelo Governo do Estado de Minas Gerais (lei nº 10.397 de 10/1/91).
  • 1994 - Brito passa a utilizar a abreviação LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), que foi criada pela própria comunidade surda para designar a LSCB (Língua de Sinais dos Centros Urbanos Brasileiros).
  • 1994 - Começa a ser exibido na TV Educativa o programa VEJO VOZES (out/94 a fev/95), usando a Língua de Sinais Brasileira.
  • 1995 - Criado por surdos no Rio de Janeiro o Comitê Pró-Oficialização da Língua de Sinais.
  • 1996 - São iniciadas, no INES, em convênio com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pesquisas que envolvem a implantação da abordagem educacional com Bilingüismo em turmas da pré-escola, sob a coordenação da lingüista E. Fernandes.
  • 1998 - TELERJ - do Rio de janeiro, em parceria com a FENEIS, inauguraram a Central de atendimento ao surdo - através do número 1402, o surdo em seu TS, pode se comunicar com o ouvinte em telefone convencional.
  • 1999 - Em março, começam a ser instaladas em todo Brasil telessalas com o Telecurso 2000 legendado.
  • 2000 - Closed Caption, ou legenda oculta. Após três anos de funcionamento no Jornal Nacional ela é disponibilizada aos surdos também nos programas Fantástico, Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, Jornal da Globo e programa do JÔ.
  • 2000 - TELERJ: Telefone celular para surdos com a opção de SMS.
  • 2002 - É promulgada a lei 10.436 em 24 de abril, reconhecendo a Libras como língua oficial das comunidades surdas do Brasil.
  • 2005 - O Decreto 5626 em 22 de dezembro veio regulamentar a lei 10436.
  • 2006 - Exame de Certificação Tradutor Intérprete de Libras – Prolibras, instrutor de Libras e o Curso de Letras-Libras Bacharelado e Licenciatura EaD.
  • 2011 - Passeata em Brasília na luta pela Educação e Cultura do Surdo.
  • 2012 – Curso de Pós Graduação no Centro Universitário La Salle-Canoas/RS.







1 comentários:

Profª. Jossiane Boyen disse...

Gurias,

Como já havia dito em aula o blog está fantástico.

Uma dica importante: citar a fonte de pesquisa no final de cada poste, principalmente esses de história.

Abraços,
Jossi

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